quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O vocacionado e a igreja local-parte 2.doc




● Histórico / Currículo do vocacionado: Qual o chamado específico; onde atuar; qual vai ser o custo desse sustento e por quanto tempo? Quantos anos esse vocacionado tem de convertido; qual tem sido seu trabalho prático na igreja local, e caráter cristão? Qual seu nível de conhecimento teológico-doutrinário? Como está sua saúde física; psicológica; emocional e espiritual? Qual preparo profissional e educacional que este possui?

● A relevância do preparo do vocacionado:

Preparo secular.

Preparo teológico e missiológico.

Preparo psicológico e espiritual

1) Preparo secular

É importante que o obreiro tenha uma boa formação acadêmica, e diferentes habilidades, a fim de poder cooperar de forma bi-ocupacional no campo. Além disso, muitas vezes ter um trabalho profissional garante o visto de permanência no país, como justificativa por sua permanência a longo prazo.
Em alguns campos a carência é grande, necessitando de mais do que evangelização, de profissionais para socorrer as necessidades locais. Então, um obreiro mais qualificado profissionalmente torna-se útil nas mais diferentes demandas.
Ex. Missionário Gary morava na Jordânia e construía banheiros como arquiteto. A Maria era missionária, mas trabalhava como enfermeira entre os beduinos.

OBS:
a) Mesmo que os missionários trabalhem como bi-vocacionais, o alvo do campo é sempre a evangelização. Assim o trabalho “secular”, só servirá como um meio para o desenvolvimento do propósito final, que é a pregação do Evangelho!
b) Muitas vezes o missionário vai ao campo como lingüista, só para fazer a parte da equipe de tradutores da Bíblia. Deve-se levar em consideração esta necessidade. Provavelmente sua dedicação será exclusiva será neste ministério e não no discipulado.
Ex: Missionários da Wycliffe

2) Preparo Teológico e missiológico

É de fundamental importância o conhecimento teológico. A falta de preparo muitas vezes causa estragos irreversíveis. Uma pessoa que não tem preparo teológico e missiológico, não saberá plantar igrejas, ou discipular; não saberá contextualizar sua mensagem; nem mesmo argumentar contras heresias. Sua atuação será limitada e de risco para o campo.
Ex: Em Londres os muçulmanos cursam teologia para combater os cristãos.

3) Preparo psicológico e espiritual

O missionário deve estar ciente dos desafios que irá enfrentar ao longo de sua jornada. As pressões psicológicas e emocionais irão requerer de si uma estrutura saudável e madura.
É essencial que esse vocacionado esteja pronto para solidão e renuncia, principalmente os missionários solteiros. Em muitos campos, a perseguição chega ao martírio e a morte e esse é um risco há ser considerado.
Em casos onde há um maior risco de morte, a família do missionário deve estar da mesma forma consciente.
Será com uma vida de consagração e oração que este irmão (ã), irá vencer as lutas espirituais e tentações. Um missionário que não tem vida devocional será derrotado rapidamente. Trabalho integral não significa vida espiritual sólida, mas, muitas vezes mascara um mero ativismo sem propósito, e isso pode ser muito perigoso.


● Integração entre agência missionária e igreja local

A função da agência missionária é de funcionar como um canal para o envio do missionário, portanto, ela também deve ser avaliada. Alguns itens são essenciais para este credenciamento, tais como: credibilidade, experiência, alvos e estratégias, política financeira, planejamento de trabalho, termos de responsabilidade, etc.
O Conselho Missionário deve ser unânime na escolha da agência enviadora. Contudo, isto não significa que uma vez no campo, a igreja não tenha mais responsabilidades com seu missionário, ao contrário, a igreja tem o direito de saber sobre todos os procedimentos estabelecidos no campo, assim como tem por obrigação a manutenção do obreiro.
É muito importante, que a igreja receba constantemente notícias do ministério desempenhado por seu obreiro e das necessidades advindas deste trabalho, para promoção dos devidos recursos. Da mesma forma, o missionário deverá ser fiel no envio de seus relatórios e cartas, com a finalidade de manter a agência e a igreja informadas de seu trabalho.


● Avaliação complementar

O famoso teólogo John Stott costuma dizer que se tivesse apenas 3 anos de vida restante, passaria 2 anos estudando e usaria o último ano para pregar. Essa é uma lição que devemos pôr em prática na obra missionária.
Muitos vocacionados são levados por um censo de urgência sem propósito. Suas justificativas muitas vezes vêm acompanhadas de frases como: “As almas estão morrendo enquanto vocês exigem que eu estude!” Contudo, quando estamos dormindo almas estão perecendo, quando estamos tomando banho elas também estão “morrendo”, enfim, temos que ter consciência que o Salvador é Jesus e nós seus instrumentos. E como tais, precisamos estar aptos a fazer o melhor. Atualmente, dispomos de recursos que os missionários do passado não tiveram acesso, isso facilita nossa oportunidade de preparo de forma substancial. Portanto, é fundamental que haja um tempo entre a chamada recebida pelo missionário e seu envio ao campo.

● A importância do aval da igreja

No que tange a ida do missionário ao campo, é insanidade sair sem aprovação e apoio da igreja. Ela tem que ser envolvida nesse chamado e no reconhecimento do mesmo, isto é bíblico! Claro que muitas igrejas têm falhado neste compromisso, mas é menos arriscado do que simplesmente sair sem esperar o tempo certo.
A igreja deve ser comprometida em orar e contribuir com seriedade e regularidade. Por isso, tudo deve ser bem planejado antes. A Igreja é a principal responsável pelo membro a ser enviado para o Campo.


● Principais agências missionárias no Brasil

Apesar de cada agência objetivar um trabalho específico, atualmente todas se unem em sistemas de parceria. Parceria é o convênio mútuo entre agências, ou agências e igrejas, para dar suporte logístico aos missionários no campo.É fundamental neste envolvimento, conhecer a instituição enviadora em sua filosofia, alvos estratégicos, administração, captação de recursos e instrumentalização dos mesmos.

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